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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Proposta Curricular


      A infância é o tempo de brincar e durante as experiências lúdicas surgem motivações, interesses e inúmeras situações produtivas de aprendizagem, através da interação com o outro, com os brinquedos e brincadeiras, que possibilitam pesquisar, problematizar, criar, construir e favorecer o desenvolvimento das habilidades e competências individuais e coletivas.
    À luz desta concepção de aprendizagem, a Comunidade Escolar adotou como meta a criação e implantação de espaços diversos ao da sala de aula, campo livre e dirigido, que tornassem possível a vivência contínua de momentos educativos e prazerosos e durante os quais a criança pudesse expressar-se como tal, significando o mundo a sua maneira e exercitando a cidadania a partir dos seus saberes e fazeres.
Desta proposta, do estudo e de parcerias com a comunidade e profissionais de outras áreas do conhecimento, surgiram espaços cuja utilização esta prevista como rotina na organização dos tempos escolares, assumindo a função de eixos norteadores da prática pedagógica.    O trabalho prevê que semanalmente esteja contemplado, na linha de tempo de cada turma, um horário específico para visita e utilização dos referidos espaços, sendo alternados momentos de atividades dirigidas advindas do tema que esta sendo abordado e momentos de exploração espontânea.
                             A brinquedoteca e o parque aparecem sempre como exceção a esta conduta, pois são concebidos como um ambiente para a interação livre entre as crianças e um momento de observação e registro do processo de desenvolvimento de cada criança pelos professores, agentes escolares e auxiliares técnicos de educação.
                             A utilização dos espaços e a fidelidade ao binômio cuidar e educar motivou e tornou possível a organização de um currículo baseado na busca e manutenção da saúde do indivíduo como um todo, assim, há um ciclo no qual se intercruzam conceitos, procedimentos e atitudes ligados à preservação do bem estar individual e social.                  
                             Desta forma, as áreas do conhecimento são como produtos, resultados das inúmeras vivências oferecidas pela escola nos diferentes tempos e espaços. Na EMEI Guia Lopes, aprende-se matemática na cozinha experimental, nos jogos e atividades da ludoteca, na brinquedoteca, na sala de leitura, no espaço de artes, no parque. Os registros escritos de letras e números são concebidos como resultado final de uma experiência significativa e não como um fim em si mesmo. Não se aprende a ler e escrever senão lendo e escrevendo em situações em que a haja a necessidade da leitura e da escrita. Não se aprende matemática e seus conceitos senão pela necessidade na resolução de uma situação-problema.
                             Para estabelecer os eixos do trabalho pedagógico, recorremos a outras áreas do conhecimento que pudessem deixar claras nossas intenções, quais sejam a de formar cidadãos do mundo e para um mundo globalizado, capazes de atitudes diante dos desafios, de terem iniciativa e criatividade para solucionar problemas e dificuldades, que valorizem a vida, o respeito à diversidade e que sejam mais tolerantes. Enfim, um ser humano ciente de seus direitos e deveres.
                             Para subverter a ordem estabelecida no que se refere à organização dos conhecimentos escolares, encontramos uma definição que veio ao encontro de nossas aspirações como educadores:
“SAÚDE é um estado de completo bem –estar físico, metal e social e não apenas a ausência de doença” Organização Mundial da Saúde.
As experiências contidas no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil foram organizadas em 4 eixos norteadores do trabalho pedagógico, conferindo-lhes objetivos gerais, expectativas de aprendizagens, valores e espaços diferenciados para vivências infantis significativas que se encontram detalhadas no Quadro de Referência (antigo Planejamento Anual), garantindo-lhes a transversalidade, são eles: Saúde Física, Emocional, Mental e Mundial.
Além disso, definimos para alguns dos espaços existentes no âmbito escolar, um rol de atividades permanentes que são realizadas com o envolvimento de todas as equipes escolares.
A cada um dos espaços, correspondem atividades de rotina que conferem unidade aos trabalhos pedagógicos de toda a escola e contribuem para a manifestação e construção de diferentes saberes, incrementando a troca de experiências entre professores, crianças e comunidade, além de garantir a ludicidade necessária a todos os projetos e/ou temas de interesse que surjam durante o ano.
Ainda, como parte integrante de todas as ações desencadeadas pela escola, surgem as figuras de afeto que nos auxiliam a estreitar os vínculos com nossas crianças, aproximando-nos ainda mais do universo infantil, seus desejos e necessidades. A família de espantalhos e as histórias de vida criadas pelas crianças, possibilita-nos a concretização das ideias infantis sobre seus conhecimentos sobre o mundo e a convivência humana.

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