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sábado, 18 de julho de 2015

De EMEI Guia Lopes para EMEI Nelson Rolihlahla Mandela - Madiba

O Conselho de Escola e a Associação de Pais e Mestres da Escola Municipal de Educação Infantil  “Guia Lopes” acredita ser fundamental para a consolidação do Projeto Político Pedagógico e às futuras gerações de alunos e famílias que vierem a ter seus filhos matriculados nesta Unidade Educacional, a alteração do nome da escola para O Conselho de Escola e a Associação de Pais e Mestres da Escola Municipal de Educação Infantil  “Guia Lopes” acredita ser fundamental para a consolidação do Projeto Político Pedagógico e às futuras gerações de alunos e famílias que vierem a ter seus filhos matriculados nesta Unidade Educacional, a alteração do nome da escola para EMEI Nelson Rolihlahla Mandela - Madiba. Após discussão sobre o fato de que o atual patrono, José Francisco Lopes, herói do exército brasileiro na Guerra do Paraguai, já teve sua história preservada em sua cidade Natal e que o estudo de suas contribuições históricas não fazem parte do universo infantil, precisamos da aprovação do maior número de pessoas para obter êxito de nossas intenções. Por favor, que tal imprimir e nos ajudar a garantir que o nome e os ideais do líder mundial Nelson Mandela façam parte da experiência escolar dos futuros cidadãos do Bairro do Limão.
Em seguida, digitalize e envie o arquivo para o e-mail: aziziabayomi@hotmail.com.
Obrigada,
Equipe da EMEI Guia Lopes


NOME COMPLETO
NÚMERO R. G.




















































































terça-feira, 7 de julho de 2015

SÃO PAULO CARINHOSA - HARVARD - EMEI GUIA LOPES




Recebemos a visita de Eduardo, 19, e Jasmine, 21, que vieram de Harvard, Universidade situada em Massachussetts nos Estados Unidos, para aprender sobre gestão de políticas públicas para a primeira infância na Prefeitura de São Paulo. O intercâmbio se deu por meio do Centro pelo Desenvolvimento Infantil (Center on the Developing Child) da Universidade, pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, voltada para a primeira infância. O estágio será desenvolvido no âmbito da São Paulo Carinhosa, política de desenvolvimento integral da primeira infância com coordenação da Primeira-Dama, Ana Estela Haddad.


"Por fim, a EMEI Guia Lopes no bairro do Limão, foi o último local visitado da semana. Recebidos pela diretora, Cibele Araujo Racy Maria, os alunos de Harvard conversaram sobre o projeto educacional pedagógico que trata de temas como raça, etnia, sustentabilidade e combate ao consumismo. Segundo eles, a EMEI trata diretamente sobre temas importantes como esses enquanto outras escolas evitam os tópicos.
Além disso, a escola planeja mudar o nome para EMEI Nelson Mandela. Para Eduardo, “é interessante ver como o projeto pedagógico é colocado em prática no dia-a-dia. Ver esse projeto como ferramenta de valorização do professor e da coordenação, sendo criado de forma orgânica na escola, envolvendo todos os profissionais.” Segundo Jasmine, “essa instituição procura representar a diversidade racial do país e conversa com a comunidade. O processo de ter aulas para os pais, chamado de ‘escola dos pais’, é algo novo e inspirador.”



Leia a matéria completa em:
http://www.saopaulocarinhosa.prefeitura.sp.gov.br/index.php/sao-paulo-carinhosa-recebe-alunos-de-harvard-em-um-intercambio-de-experiencias-na-prefeitura/

ANCESTRALIDADE - FESTA - NO COLINHO DA VOVÓ E DO VOVÔ

Na EMEI Guia Lopes a festa de junho só faz sentido se estiver relacionada ao trabalho que estamos desenvolvendo com nossas crianças. Nesse sentido, a cada ano, um novo tema. A Festa nos mobiliza para a pesquisa sobre o que avaliamos ser necessário naquele momento das discussões e reflexões.
No primeiro semestre filosofamos com as crianças sobre as configurações familiares. Fizemos alguns questionamentos sobre quais as possibilidades de se formar uma família, . Descobrimos várias, mas a pergunta que mais nos inquietou foi aquela que nos fez pensar sobre as pessoas que pertenciam ou não as nossas famílias. Algumas crianças diziam que família "Era aquelas pessoas que mora com a gente" e outros que contestavam esta afirmação sem saber, inicialmente, que argumentos apresentar durante as conversas.
Até o dia em que as figuras do vovô e da vovó entraram na roda. Alguns relataram que seus avós tinham morrido e mais do que de pressa, perguntamos: Eles fazem parte da sua família, mesmo não morando junto com você?
Assim começamos a trabalhar com nossas crianças o que significa família e os sentimentos que ela nos possibilita viver.
Outras provocações foram lançadas e estamos preparando as experiências para o segundo semestre, através de todo o material produzido para a festa: "No Colinho da Vovó e do Vovô". Teremos muito o que pensar...
Neste turbilhão de emoções dividimos com vocês alguns trechos do nosso evento.

APRESENTAÇÃO COLETIVA: HOMENAGEM AOS AVÓS

Estamos conversando com nossas crianças sobre as configurações familiares e o porquê e como as famílias são formadas em nossa cultura. Constatamos, sem fazer juízo de valor, que as famílias são diferentes uma das outras, como tudo na vida. Não há um único jeito de vivê-la.
Uma das nossas conclusões, provisória de certo, é a de que as famílias surgem porque há amor.
E, dentre as figuras que personificam os laços afetivos desta reunião de pessoas, estão os avós. E é para eles que queremos fazer uma homenagem especial nos apropriando de um dos valores civilizatórios que herdamos da cultura africana: ANCESTRALIDADE.
Ancestralidade é nos rendermos à sabedoria de quem viveu mais tempo do que a gente.
Ancestralidade significa reconhecer que o que somos hoje é consequência do que já foi vivido por muitos.
É tudo aquilo que faz parte da nossa memória e que passa a ter significado na medida em que vivemos.
Ancestralidade é a reverência à história, aos valores, aos saberes e fazeres acumulados pela humanidade.
Em África diz-se que quando uma pessoa mais velha morre é o mesmo que colocar fogo em uma biblioteca. 
“A memória compõe nossa identidade. É por intermédio da memória que construímos nossa história. Ao construir a memória, construímos lembrança, que para existir precisa do outro e necessita ser compartilhada. Assim também é a obra de arte” (Franklin Esparth Pedroso).


Sabemos que os avós têm mudado o seu jeitinho de ser e estar no mundo durante o curso da história.
Foi-se o tempo em que a casa do vovô e vovó era um passeio no final de semana.
Ainda mais longe ficou o tempo em que a vovó e o vovô apareciam de surpresa carregando alguns mimos para seus netinhos.
Hoje, os avós estão presentes na educação diária de seus netos. Os avós, cada dia com mais energia, assumiram uma postura invejável de viver intensamente, de participar ativamente da vida familiar.
Pensamos em nossas vidas e perguntamos: O que seria da gente, sem eles¿
Tudo mudou e é bom que mude, mas há algo que permanece intacto no coração de vovós e vovôs:

É o carinho, é o amor sereno e a incorrigível mania de acreditar que seus netos são verdadeiros anjinhos.

Descobrimos durante as discussões que o papai tem vovô e vovós
Descobrimos que a mamãe tem vovô e tem vovó
Sabemos também que uma família é formada pelo amor, independentemente do sexo, da cor e da religião.
Concluímos que para fazer parte da nossa família as pessoas não precisam estar perto da gente.

Em homenagem às vovós e aos vovôs que já se foram, em respeito à história que construíram e ao amor que semearam em nossas vidas, dizemos: Foi bom e para sempre será. Mais, mais, mais, maravilhosamente AMAR.


Não poderíamos encerrar esta homenagem sem reconhecer a importância e que existem vários tipos de vovós e vovôs.
Há vovós que capricham no brilho e vão para a avenida sambar.
Há avós que viram feras quando o assunto é família.
Há vovós que rezam, algumas oram e outas pedem ajuda a seus orixás para proteger seus netinhos.
Há avós que defendem a natureza, há avós que adoram plantar e colher
Há avós tradicionais e outros moderninhos.
Há, na verdade, um vovô e uma vovó para cada tipo de netinho.

Vovôs, vovós, abuelas, abuelos, nono, nona, babanlá, yalá. Avós são avós, ainda bem!
A Ciranda dos Avós
https://www.facebook.com/emei.guialopes/videos/493580604134426/?l=3639800307832534636

domingo, 14 de junho de 2015

MENOS MILITAR, MAIS LIBERTÁRIO! NELSON MANDELA, TUDO A VER COM A NOSSA ESCOLA!



O Conselho de Escola e a Associação de Pais e Mestres da Escola Municipal de Educação Infantil  “Guia Lopes” acredita ser fundamental para a consolidação do Projeto Político Pedagógico e às futuras gerações de alunos e famílias que vierem a ter seus filhos matriculados nesta Unidade Educacional, a alteração do nome da escola para EMEI Nelson Mandela.
Leia, na íntegra, a nossa justificativa para mais esse sonho.

Proposta para alteração de nome da EMEI Guia Lopes para EMEI Nelson Rolihlahla Mandela com a anuência da comunidade escolar.

                A EMEI Guia Lopes iniciou suas atividades no Bairro do Limão na década de 50 quando, à luz da concepção revolucionária de Mário de Andrade à frente do Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal de São Paulo, foram criados os parques infantis que pretendiam garantir aos filhos de operários o direito a viver suas infâncias. Experiência pioneira na organização da educação infantil pública tinha como principal fundamento aproximar as crianças da diversidade étnica- brasileira, através da arte e dos jogos tradicionais infantis.
                José Francisco Lopes, o Guia Lopes, foi o herói do Exército Brasileiro na Guerra do Paraguai que guiou as tropas brasileiras durante a Retirada da Laguna. Sem desconsiderar sua importância histórica, sua memoria encontra-se preservada através do registro de seus feitos incorporados ao nome de um município localizado em Mato Grosso do Sul, Guia Lopes de Laguna. É também homenageado por um grupo de escotismo em São Paulo e Porto Alegre, Grupo Escoteiro Guia Lopes, por Escola Estadual de Ensino Médio Guia Lopes, localizada no Rio Grande do Sul, Rua Guia Lopes RS., e uma Estalagem Guia Lopes em Minas Gerais. 
                Localizada na Avenida Professor Celestino Bourroul, como Parque Infantil desde 1955 ou como Escola Municipal de Educação Infantil a partir de 1985, a EMEI Guia Lopes não conseguiu se constituir como referência educacional ou cultural aos munícipes do Bairro do Limão, durante seus longos anos de existência.
                Há onze anos, deu-se início a um projeto de resgate da imagem da escola junto aos moradores do bairro, atraindo a comunidade para conhecer a missão, a visão e os valores preconizados por seu Projeto Político Pedagógico. A promoção de eventos abertos à comunidade e a consolidação da parceria entre a escola e as famílias das crianças, foram responsáveis por um processo intenso de construção de novas concepções, levando-nos ao aperfeiçoamento das práticas pedagógicas no interior da unidade educacional e para além de seus muros.
                Para a EMEI Guia Lopes o marco histórico da conquista e do reconhecimento que a fez despontar no cenário educacional da Cidade de São Paulo, deve-se a iniciativa pioneira de incluir em seu currículo o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana, preconizado pela Lei 10.639|03.
                Revelar a dimensão e a significativa influência das raízes africanas na gênese da cultura brasileira teve como prerrogativa tornar visível a história de vida de nossas crianças e seus familiares, garantindo-lhes a igualdade de direitos e valorizando os aspectos identitários desta comunidade que, até então, não tinham sido reconhecidos como fundamentais para os processos de ensino-aprendizagem e para a construção da identidade das crianças e adultos de dentro e de fora da escola.
                Em 2011, com o início do Projeto denominado “Azizi Abayomi, um príncipe africano” – Diversidade Biológica e Cultural - que garante, até hoje, a construção de uma educação infantil para e pela igualdade racial, recebemos como resposta a esta iniciativa a pichação em nossos muros, da frase “VAMOS CUIDAR DO FUTURO DAS NOSSAS CRIANÇAS BRANCAS”, acompanhada por símbolos nazistas. O fato repercutiu em todo o território nacional, dando visibilidade à escola e a necessidade de garantirmos o exercício pleno da cidadania desde a mais tenra idade.
                A mobilização da Secretaria Municipal de Educação, da Diretoria Regional de Educação Freguesia| Brasilândia, de vários segmentos da sociedade civil, crianças, famílias e profissionais da EMEI Guia Lopes nos possibilitou dar uma resposta assertiva à sociedade, quando realizamos a pintura artística dos muros para encobrir os sinais do racismo latente num país que até os dias atuais insiste no mito da democracia racial.
                Há cinco anos encontramos, nas falas de nossas crianças, a certeza de se tratar de um projeto que, em sua essência, traduz a qualidade social que a educação básica deve incorporar aos seus discursos e práticas.
                Em 2014, apresentamos a história de vida do líder negro Nelson Rolihlahla Mandela que, conduzido pela criatividade infantil, tornou-se avô do nosso Príncipe Africano Azizi Abayomi garantindo a continuidade de um cenário repleto de imaginação, fantasia e afetividade que permeiam nossa realidade pedagógica. Hoje, “Vovô Madiba”, como é chamado por nossas crianças, esta presente em todas as rodas de conversa que tratam da temática como símbolo de luta por uma sociedade mais justa e igualitária.
                Desde o início, o apoio das famílias, dos órgãos municipais e da sociedade civil ao projeto foi decisivo, ajudando-nos a dar visibilidade à premente necessidade de promovermos uma educação infantil que combata o racismo, o preconceito e qualquer tipo de discriminação, bem como tornou público os resultados desta prática pedagógica. A elevação da autoestima e o empoderamento da comunidade escolar nas tomadas de decisão edificaram os alicerces de uma gestão democrática, cujos caminhos não admitem retrocesso.
                Atualmente a EMEI Guia Lopes é procurada por famílias que, conhecem e reconhecem no Projeto Político Pedagógico da unidade, um poderoso instrumento de mudança social. Professores que querem contribuir e fazer parte da nossa história e estão em busca da construção de uma educação libertadora, crítica e construtiva também chegam à escola, através dos concursos de remoção promovidos pela Secretaria Municipal de Educação.
                A EMEI Guia Lopes, nos últimos anos, recebeu inúmeros prêmios pela consistência de sua proposta pedagógica, entre eles, encontram-se: Salva de Prata concedida pela Câmara Municipal de São Paulo pelos relevantes serviços prestados à comunidade, 6º Prêmio Educar para a Igualdade Racial promovido pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (CEERT), 1º Prêmio Municipal de Educação em Direitos Humanos, além de conter um acervo considerável de reportagens e matérias que transformaram o espaço educativo da escola em objeto de estudo dos cursos de Pedagogia, Mestrado e Doutorado em diversas Faculdades Públicas e Privadas da Cidade de São Paulo. Foi parceira do Instituto Avisa Lá, na elaboração do documento “Educação Infantil e práticas promotoras da igualdade racial”, incluído na bibliografia dos concursos públicos promovidos pela Secretaria Municipal de Educação.
                Este ano, a necessidade de uma reforma geral da escola, colocará em risco nossa própria identidade, através da demolição dos muros que registram a história que esta sendo construída e que se tornou símbolo da nossa luta contra a intolerância e o desrespeito à diversidade humana, luta esta personificada pela vida e obra do líder mundial, Nelson Rolihlahla Mandela.
                Para garantir a continuidade de um trabalho exitoso no que se refere à educação das  relações étnico raciais no Município de São Paulo e para que as marcas de nossa história não sejam diluídas pelo tempo, o Conselho de Escola e a Associação de Pai e Mestres da Emei Guia Lopes, propõe a alteração da denominação de nossa escola para EMEI Nelson Rolihlahla Mandela – Madiba.
                Tal solicitação justifica-se pelo fato de que a denominação ora proposta visa tornar permanente e atemporal, o estudo das relações humanas no contexto escolar e o reconhecimento da identidade das crianças e famílias que usufruem deste espaço educacional, através do estudo e da memória a ser preservada daquele que representa, em toda a sua complexidade e grandeza, a luta contra a segregação racial.
                Trata-se, portanto de manter vivo o desafio de eliminar as injustiças sociais através de uma célebre frase daquele que nos parece ser o único patrono capaz de representar nossos ideais: “A Educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”.
                Nelson Rolihlahla Mandela, advogado e Presidente da África do Sul, conhecido líder mundial que lutou contra o sistema de governo denominado apartheid (vida separada) que pregava a segregação racial em um país de maioria negra, autor de um manifesto negro contra as injustiças sociais, conhecido como a Carta da Liberdade, reconhecido pela Anistia Internacional por uma vida dedicada à proteção e promoção dos direitos humanos,  merecedor do prêmio Nobel da Paz por sua luta pela igualdade racial. Conduziu seu povo a viver uma transição entre o antigo regime de exclusão e uma democracia multirracial. Fundou, em 2007 o grupo The Elders que reúne líderes mundiais com o objetivo de discutir e trabalhar pela paz e os direitos humanos ao redor do mundo.
                Desta forma, evidenciamos aspectos que justificam nossa escolha que vão além da denominação proposta, posto que a biografia de Nelson Mandela ensejou e ensejará estudos e nos auxiliará a construir  e manter viva a nossa própria identidade,  sedimentando este espaço escolar como um território de referência educacional no trabalho com as relações étnico raciais, conforme fundamentos registrados em nosso Projeto Político Pedagógico.
                Nossa solicitação encontra amparo legal, nos temos do Artigo 14, incisos I e II, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n.º 9343|1996 que prevê as normas de garantia de uma gestão democrática do ensino com a participação da comunidade escolar e local, através do Conselho de Escola, consideradas suas peculiaridades, e “caput” do Artigo 15 da mesma Lei que assegura a progressiva autonomia pedagógica e administrativa às Escolas.
                E, ainda nos termos do Artigo 7, parágrafo único, da Lei 14.454|2007 que  dispõe sobre a denominação e a alteração da denominação de vias, logradouros e próprios municipais e matérias correlatas que determina as condições para homenagens à figuras públicas, exigindo que a personalidade escolhida tenham prestado importantes serviços à Humanidade, à Pátria, à Sociedade ou à Comunidade e, neste caso, que possua vínculos com o logradouro, com a repartição ou o serviço nele instalado ou com a população circunvizinha.
                A Lei n.º 15975/2014, acresce, ao Artigo 8 da Lei n.º 14.545|2007, a obrigatoriedade de anuência absoluta dos membros do Conselho de Escola da respectiva unidade escolar para o propositura de alteração da denominação de estabelecimentos oficiais de ensino público municipal, bem como nos termos do  inciso II do mesmo artigo, que possibilita homenagear personalidade que, não tendo sido educador, tenha uma biografia exemplar no sentido de estimular os educandos para o estudo.
                O Regimento Educacional da EMEI Guia Lopes , em seu Artigo 2, define-a como sendo uma escola gratuita, laica, direito da população e dever do poder público e estará a serviço das necessidades e características de desenvolvimento e aprendizagem dos educandos, isenta de quaisquer formas de preconceitos e discriminações de sexo, raça, cor, situação socioeconômica, credo religioso e político, dentre outras.
         Ainda, no Capítulo III que versa sobre o Conselho de Escola, em seu Artigo 30, classifica-o como um colegiado de natureza consultiva e deliberativa como forma de garantir a construção da autonomia pedagógica, administrativa e financeira da escola.
         Certos da relevância de nossa proposta, uma vez que se fundamenta nos princípios de uma Pátria Educadora, submetemos à apreciação de V. Sa. esta que seria uma conquista significativa para a nossa comunidade e para a futuras gerações da cidade de São Paulo.

 “Nesta Rua Lopes Chaves
Envelheço, e envergonhado
Nem sei quem foi Lopes Chaves.”
(Mario de Andrade  - “Lira Paulistana”, 
Paulicéia Desvairada).



terça-feira, 12 de maio de 2015

ENTREVISTA COM ALEXANDRE SCHNEIDER - SECRETÁRIO DA EDUCAÇÃO DE 2006 A 2012

Bastou assistir pela primeira a palestra da escritora Adchie Chimamanda - "Os perigos de uma história única" que revela a obliquidade do pensamento, do discurso e da ação quando não nos interessa conhecer os vários lados de uma mesma questão, para aperfeiçoar minha prática na administração escolar pública.
Inspirada pela ideia sedutora de apresentar o "outro lado" de assuntos relacionados à educação, ocorreu-me a ideia de proporcionar às professoras da EMEI Guia Lopes a chance de expor suas dúvidas e questionamentos a alguém que esteve à frente da Secretaria Municipal de Educação.
Alexandre Schneider assumiu a secretaria por seis anos (2006 a 2012) e durante sua gestão construiu políticas e programas que atenderam às necessidades e anseios dos professores, famílias, crianças e adolescentes da rede municipal de ensino. Ele e sua equipe construíram documentos que subsidiaram a construção do Projeto Político Pedagógico da EMEI Guia Lopes e de outras tantas escolas.  Convidei-o para compartilhar sua experiência com um grupo de professores que, em sua maioria, ingressou este ano na rede municipal.

Foi um momento esclarecedor, mais do que isso, foi uma troca, um encontro de pessoas comprometidas com a educação pública de qualidade.
Dentre as várias questões, uma grande parte fazia referência aos programas que foram criados durante a gestão do nosso convidado.  Falamos sobre o Programa Inclui, sobre a autonomia da escola para a construção de seus Projetos Políticos Pedagógicos através das Orientações Curriculares - Expectativas de Aprendizagens para a Educação Infantil e para as Relações Étnico-raciais, sobre a redução do número de alunos em sala de aula, sobre a marginalidade da Educação Infantil pela falta de políticas públicas específicas e ações de valorização desta etapa da vida escolar,  sobre os Indicadores de Qualidade da Educação Infantil, sobre os critérios para a aquisição do kit de material escolar e sobre o “Rede em Rede”. Discutimos também sobre fatos que nos preocupam, tais como: a falta de articulação entre CEI|EMEI|EMEF, sobre a desistência de muitos professores durante o curso de pedagogia ou após o início da docência e sobre a necessidade de rever o papel da supervisão escolar. Foi um encontro muito produtivo. Uma experiência que todas as escolas municipais deveriam proporcionar as suas equipes!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Escola de Pais, porque a escola é para todos!


Hoje, dia 09 de março de 2015 inauguramos a Escola de Pais na EMEI Guia Lopes.
Nosso objetivo é o de formar os pais sobre questões que envolvam o desenvolvimento de seus filhos e divulgar os projetos didáticos da escola para que possam participar da vida escolar de nossas crianças.
A cada encontro, um novo tema.
Discutimos nesta segunda-feira, se crianças de 4 e 5 anos são capazes de atitudes racistas. Quando questionados, os pais foram unânimes em afirmar que sim. Esta foi a grande surpresa da noite! E que surpresa!
Divulgamos como formamos nossos professores e como as ações afirmativas pela igualdade racial e de gênero são levadas para as crianças.
Nessa escola tem lição de casa! Distribuímos ao final do encontro um pequeno texto para leitura.

O Brasil tem feito progressos significativos na melhoria da vida de suas crianças. Reduziu os índices da mortalidade infantil, o número de famílias que vivem com renda inferior a um dólar; melhorou e intensificou as políticas de ensino e de assistência às famílias. Contudo, isso ainda não está acontecendo para todas as crianças que vivem no País, especialmente quando observamos a situação de meninas e meninos indígenas e negros. Dentro de uma perspectiva de direitos humanos, essa igualdade é fundamental para que todos se beneficiem igualmente dos progressos alcançados. Essas crianças e adolescentes ainda vivem em contextos de desigualdades. São vítimas do racismo nas escolas, nas ruas, nos hospitais ou aldeias e, às vezes, dentro de suas famílias. Deparam-se constantemente com situações de discriminação, de preconceito ou segregação. Uma simples palavra, um gesto ou um olhar menos atencioso pode gerar um sentimento de inferioridade, em que a criança tende, de forma inconsciente ou não, a desvalorizar e negar suas tradições, sua identidade e costumes. O racismo causa efeitos.
              
 O racismo causa impactos danosos do ponto de vista psicológico e social na vida de toda e qualquer criança ou adolescente. A criança pode aprender a discriminar apenas por ver os adultos discriminando. Nesses momentos, ela se torna vítima do racismo. A prática do racismo e da discriminação racial é uma violação de direitos, condenável em todos os países. No Brasil, é um crime inafiançável, previsto em lei. Essa é uma situação que preocupa o UNICEF, uma vez que compromete o desenvolvimento pleno da maioria das crianças e adolescentes no Brasil. Existem cerca de 57 milhões de crianças e adolescentes no Brasil, e sabemos que nenhum deles nasceu discriminando, seja por cor, raça ou etnia. Crianças são criativas quando estão aprendendo, e nós, adultos, devemos estimular esse potencial criativo. Por isso, o UNICEF lança uma campanha que faz um alerta sobre os impactos do racismo na vida de milhões de crianças e adolescentes brasileiros e convida cada um a fazer uma ação por uma infância e adolescência sem racismo.
               
Estudos na área de educação infantil revelam que, ainda na primeira infância, a criança já percebe diferenças na aparência das pessoas (cor de pele, por exemplo). A responsabilidade dos adultos é muito importante nesse momento, evitando explicações ou orientações preconceituosas. Não importa se uma criança é negra, branca ou indígena. Qualquer criança ao conviver em uma realidade de desigualdade e de discriminação tem a ilusão de que negros, brancos e indígenas devem ocupar necessariamente lugares diferentes na sociedade. Seja diante da TV, nas escolas, ou em histórias infantis, as crianças vão se desenvolvendo com imagens retorcidas de papéis e lugares segundo cor de pele ou aparências. Por essa razão, uma criança pode achar “desvantajoso” ter nascido negra ou indígena ou pertencer a um grupo étnico-racial mais discriminado.
                 Os efeitos disso são a negação e o esquecimento de suas histórias e culturas. Portanto, nosso compromisso é construir um lugar justo, igual e sem discriminação para nossas crianças. O Brasil tem exemplos de ações de solidariedade e de respeito às diferenças que precisam ser expandidos e disseminados. O UNICEF quer colaborar com o governo e com a sociedade para ampliar o alcance dessas boas experiências que visam minimizar os impactos do racismo sobre a infância, contribuindo para uma sociedade mais democrática.
Fonte: UNICEF, Brasília- 2010.

ESPERAMOS VOCÊS EM NOSSO PRÓXIMO ENCONTRO!
Abraços,
Equipe Gestora

terça-feira, 3 de março de 2015

ENCONTRO ENTRE OS PAIS E O SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO GABRIEL CHALITA

Hoje participamos de um encontro promovido pela Diretoria Regional de Educação Freguesia|Brasilândia, na sede da UNIP, em que pais e alunos tiveram a oportunidade de se encontrar. com o Sr. Secretário de Educação Gabriel Chalita. O objetivo do encontro era o de escutar o que a comunidade escolar tinha a dizer. Críticas, sugestões e solicitações foram registradas e esperamos ter uma nova oportunidade como forma de garantir aos Conselhos de Escolas e Associações de Pais e Mestres a vez e a voz!
A Sra. Andrea Muzelli, representante da Associação de Pais e Mestres da EMEI Guia Lopes entregou ao Secretário uma carta que temos um enorme orgulho em divulgar.



 Ao Secretário Municipal de Educação da Cidade de São Paulo

Sr. Gabriel Chalita

 Carta para a reflexão e quem sabe para a ação. O assunto é sobre Educação e gostaria de vê-la tornar-se holística, pois assim, o enfoque estaria no indivíduo do ponto de vista do micro e do macrocosmo. Despertar-lhes-ia a consciência de sua real natureza e buscaria sua integralidade. O conhecimento e o acesso a ele são um dos pilares da Educação Holística, assim, como o AFETO que pode SER A SOLUÇÂO para alguns problemas na área educacional, como em qualquer outra área. Portanto, a PEDAGOGIA DO AMOR é fundamental para a criação e reconstrução de HOMENS E MULHERES QUE queiram e possam MUDAR O MUNDO para o Bem do Mundo, não apenas voltados aos seus meios individuais e egoístas, essa pedagogia do AFETO, de acolhimento é essencial para qualquer projeto em qualquer segmento da existência. Todo indivíduo tem direito e deveria ter a possibilidade de obter os benefícios da Educação Holística. A Política Pública deveria representar o caminho do SOL, ser O SOL DEPOIS DA CHUVA, pois ela recebe o Poder de realizar, construir, cuidar e transformar. Os dirigentes diretos que deveriam nos representar possuem muitos poderes para fazer acontecer as verdadeiras e efetivas mudanças em qualquer segmento, seja ele social, econômico, ambiental, etc. É necessário educar os profissionais e as famílias para que eles aprendam a EDUCAR. Para que possam desvelar-se dos engodos que os mantiveram sob o controle de resistências por décadas. Resgatar valores que são essenciais à vida, como o autorrespeito, a auto responsabilidade, imprimir conceitos que promovam e propaguem o desenvolvimento e o crescimento, incutir no indivíduo desejos de buscas interiores e exteriores e levá-los à conquista de seus potenciais de criação, empreendimento, construção e realização plenos, integrando-nos à nossa criança interna, à ESSÊNCIA DO SER. Apenas com verdadeiro interesse, muita vontade, porque precisa de esforço, dedicação, auto sacrifício, compromisso leal, muita coragem, propósito (ao qual eu chamo dharma), apenas com esses e outros positivos elementos, será possível continuar SEMEANDO ESPERANÇA e caminhando para o desenvolvimento e construção da ESCOLA DOS NOSSOS SONHOS, da vida dos nossos sonhos.. Mãos na Massa, muito trabalho, muito servir, deveria ser este um dos lemas de sua jornada nesse momento, com esse encargo de secretário municipal da educação, deveria ser o lema de todos os colaboradores que formam as redes e também o lema de todas as famílias. Sobretudo é necessária ÉTICA DOS GOVERNANTES E DOS GOVERNADOS para se criar um ambiente de vida saudável, de EQUILÍBRIO E IGUALDADE. Penso e acredito que tudo isso é possível e viável, porque dispomos de todos os recursos necessários para começarmos a fazer as transformações e, se ainda cremos, por hora, não tê-los, digo-lhes: MÃOS NA MASSA, MUITO TRABALHO, MUITO SERVIR para então, criarmos esses recursos, viabilidades e possibilidades. Assim Seja! Sou Grata! Andrea Muzelli. São Paulo, 03 de março de 2015.