Na EMEI Guia Lopes a festa de junho só faz sentido se estiver relacionada ao trabalho que estamos desenvolvendo com nossas crianças. Nesse sentido, a cada ano, um novo tema. A Festa nos mobiliza para a pesquisa sobre o que avaliamos ser necessário naquele momento das discussões e reflexões.
No primeiro semestre filosofamos com as crianças sobre as configurações familiares. Fizemos alguns questionamentos sobre quais as possibilidades de se formar uma família, . Descobrimos várias, mas a pergunta que mais nos inquietou foi aquela que nos fez pensar sobre as pessoas que pertenciam ou não as nossas famílias. Algumas crianças diziam que família "Era aquelas pessoas que mora com a gente" e outros que contestavam esta afirmação sem saber, inicialmente, que argumentos apresentar durante as conversas.
Até o dia em que as figuras do vovô e da vovó entraram na roda. Alguns relataram que seus avós tinham morrido e mais do que de pressa, perguntamos: Eles fazem parte da sua família, mesmo não morando junto com você?
Assim começamos a trabalhar com nossas crianças o que significa família e os sentimentos que ela nos possibilita viver.
Outras provocações foram lançadas e estamos preparando as experiências para o segundo semestre, através de todo o material produzido para a festa: "No Colinho da Vovó e do Vovô". Teremos muito o que pensar...
Neste turbilhão de emoções dividimos com vocês alguns trechos do nosso evento.
No primeiro semestre filosofamos com as crianças sobre as configurações familiares. Fizemos alguns questionamentos sobre quais as possibilidades de se formar uma família, . Descobrimos várias, mas a pergunta que mais nos inquietou foi aquela que nos fez pensar sobre as pessoas que pertenciam ou não as nossas famílias. Algumas crianças diziam que família "Era aquelas pessoas que mora com a gente" e outros que contestavam esta afirmação sem saber, inicialmente, que argumentos apresentar durante as conversas.
Até o dia em que as figuras do vovô e da vovó entraram na roda. Alguns relataram que seus avós tinham morrido e mais do que de pressa, perguntamos: Eles fazem parte da sua família, mesmo não morando junto com você?
Assim começamos a trabalhar com nossas crianças o que significa família e os sentimentos que ela nos possibilita viver.
Outras provocações foram lançadas e estamos preparando as experiências para o segundo semestre, através de todo o material produzido para a festa: "No Colinho da Vovó e do Vovô". Teremos muito o que pensar...
Neste turbilhão de emoções dividimos com vocês alguns trechos do nosso evento.
APRESENTAÇÃO COLETIVA: HOMENAGEM AOS AVÓS
Estamos conversando com nossas crianças sobre as configurações
familiares e o porquê e como as famílias são formadas em nossa cultura.
Constatamos, sem fazer juízo de valor, que as famílias são diferentes uma das
outras, como tudo na vida. Não há um único jeito de vivê-la.
Uma das nossas conclusões, provisória de certo, é a de que as famílias
surgem porque há amor.
E, dentre as figuras que personificam os laços afetivos desta reunião
de pessoas, estão os avós. E é para eles que queremos fazer uma homenagem
especial nos apropriando de um dos valores civilizatórios que herdamos da
cultura africana: ANCESTRALIDADE.
Ancestralidade é nos rendermos à sabedoria de quem viveu mais tempo do
que a gente.
Ancestralidade significa reconhecer que o que somos hoje é consequência
do que já foi vivido por muitos.
É tudo aquilo que faz parte da nossa memória e que passa a ter
significado na medida em que vivemos.
Ancestralidade é a reverência à história, aos valores, aos saberes e
fazeres acumulados pela humanidade.
Em África diz-se que quando uma pessoa mais velha morre é o mesmo que
colocar fogo em uma biblioteca.
“A memória compõe nossa identidade. É
por intermédio da memória que construímos nossa história. Ao construir a
memória, construímos lembrança, que para existir precisa do outro e necessita
ser compartilhada. Assim também é a obra de arte” (Franklin Esparth Pedroso).
Sabemos que os avós têm mudado o seu jeitinho de ser e estar no mundo durante o curso da história.
Sabemos que os avós têm mudado o seu jeitinho de ser e estar no mundo durante o curso da história.
Foi-se o tempo em que a casa do
vovô e vovó era um passeio no final de semana.
Ainda mais longe ficou o tempo em
que a vovó e o vovô apareciam de surpresa carregando alguns mimos para seus
netinhos.
Hoje, os avós estão presentes na
educação diária de seus netos. Os avós, cada dia com mais energia, assumiram
uma postura invejável de viver intensamente, de participar ativamente da vida
familiar.
Pensamos em nossas vidas e
perguntamos: O que seria da gente, sem eles¿
Tudo mudou e é bom que mude, mas
há algo que permanece intacto no coração de vovós e vovôs:
É o carinho, é o amor sereno e a
incorrigível mania de acreditar que seus netos são verdadeiros anjinhos.
Descobrimos durante as discussões
que o papai tem vovô e vovós
Descobrimos que a mamãe tem vovô
e tem vovó
Sabemos também que uma família é
formada pelo amor, independentemente do sexo, da cor e da religião.
Concluímos que para fazer parte da
nossa família as pessoas não precisam estar perto da gente.
Em homenagem às vovós e aos vovôs
que já se foram, em respeito à história que construíram e ao amor que semearam
em nossas vidas, dizemos: Foi bom e para sempre será. Mais, mais, mais,
maravilhosamente AMAR.
Não poderíamos encerrar esta homenagem sem reconhecer a
importância e que existem vários tipos de vovós e vovôs.
Há vovós que capricham no brilho e vão para a avenida sambar.
Há avós que viram feras quando o assunto é família.
Há vovós que rezam, algumas oram e outas pedem ajuda a seus
orixás para proteger seus netinhos.
Há avós que defendem a natureza, há avós que adoram plantar
e colher
Há avós tradicionais e outros moderninhos.
Há, na verdade, um vovô e uma vovó para cada tipo de
netinho.
Vovôs, vovós, abuelas, abuelos, nono, nona, babanlá, yalá. Avós
são avós, ainda bem!
A Ciranda dos Avós https://www.facebook.com/emei.guialopes/videos/493580604134426/?l=3639800307832534636 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário